«Distante do modelo prêt‑à‑porter do «realismo mágico» (fórmula de marketing muito divulgada entre nós, e não só), a obra de Bolaño é de uma exigência sem concessões ao nível da forma e da linguagem, optando, regra geral, por uma estrutura polifónica e reiterativa, que lhe permite construir cada livro como um mosaico. As peças organizam‑se aos poucos, à medida que a leitura decorre, mas sempre solicitando a releitura, estratégia essencial para se aceder à multiplicidade de sentidos que os seus livros, pontuados por um humor subtil, propõem.»
A opinião de João Paulo Sousa sobre a escrita de Roberto Bolaño no Da Literatura, em Janeiro de 2008.